Na nossa última ida ao Gerês, tínhamos planeado visitar Pitões das Júnias e realizar o trilho que nos leva da aldeia ao Mosteiro, seguindo-se a Cascata e o regresso à aldeia. No entanto, e apesar de estarmos em agosto, as condições atmosféricas não eram as melhores e os passadiços encontravam-se em recuperação, pelo que resolvemos deixar a cascata para outra altura.
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Pitões das Júnias situa-se no extremo nordeste do Parque Nacional Peneda-Gerês, no concelho de Montalegre, e é uma das aldeias mais altas de Portugal. Os imponentes rochedos que a rodeiam emolduram as suas tradicionais casas graníticas, aglomeradas ao longo de estreitas e pictóricas ruelas, conservando assim o seu aspeto medieval.
Um dos pontos de interesse desta localidade é o Mosteiro de Santa Maria das Júnias, também conhecido por Mosteiro de Pitões das Júnias. Para o descobrir, é necessário percorrer um caminho íngreme e de pedras salientes. Se não viaja num 4×4, recomendamos que deixe o carro junto ao cemitério e realize o restante percurso a pé.
Percebe-se a escolha deste local para a implementação de um Mosteiro Beneditino, dado o seu carácter isolado, de difícil acesso e em comunhão com a natureza, perfeito para um clima de recolhimento e de silêncio absoluto.
Apesar de classificado como Monumento Nacional, o Mosteiro de Santa Maria das Júnias apresenta um aspeto degradado, encontrando-se em ruínas desde o incêndio que sofreu no séc. XIX e destruiu todo o convento.
Apesar do seu aspeto abandonado, as ruínas conferem a este lugar um certo misticismo e uma beleza singular, ainda sendo possível observar três dos arcos do antigo claustro românico.
A capela-mor é o edifício melhor conservado de todo o complexo. Destaca-se a porta da fachada frontal, com um arco de volta perfeita de estilo românico.
A paisagem verdejante e o som do Rio Campesino convidaram a um piquenique tranquilo na relva, porém, sem grandes demoras, pois o céu já ameaçava chuva.
Partimos depois em direção à aldeia de Pitões das Júnias e estacionamos junto a um parque infantil. Apesar do frio que já se sentia, foi uma alegria para os pequenos viajantes.
Seguiu-se um breve passeio pela aldeia. Nas ruas, respirámos o ar puro da montanha e a ancestralidade do lugar. Antes de voltarmos à estrada, passámos pela Casa do Preto e deliciámo-nos com a comida caseira e com um dos melhores bolos de chocolate que já comemos.