Jardim Zoológico em tempos de pandemia

por Andrea Gil
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O setor do turismo foi um dos mais afetados pela pandemia de Covid-19 e, apesar do levantamento  progressivo das medidas de contenção, continuam a sentir-se os efeitos devastadores desta crise um pouco por todo o mundo. Empresas ligadas aos transportes,  alojamento, restauração e atividades de lazer viram-se obrigadas a encerrar e, mesmo após reabertura, continuam a assistir a duras quebras na sua faturação.

Um pouco por todo o mundo, assistimos ao encerramento de parques temáticos e à diminuição das atividades ligadas ao lazer e ao turismo, com todas as repercussões económicas  que conhecemos. Portugal não foi exceção e um dos parques seriamente afetados por esta crise foi o Jardim Zoológico de Lisboa, pois apesar da diminuição das receitas da bilheteira, as despesas com a manutenção do espaço e com a alimentação dos animais mantêm-se. 

É, pois, uma excelente altura para se visitar ou revisitar o jardim zoológico, não só porque é uma forma de ajudar os animais que aí vivem, mas também porque é um ótimo local para um divertido passeio em família.

A pensar nisto, lá fomos nós, num belo e solarengo sábado de novembro, visitar o jardim zoológico de Lisboa. Este espaço esteve encerrado durante quase dois meses, mas em maio reabriu ao público, com as devidas adaptações a esta nova realidade, nomeadamente: uso obrigatório de máscara; existência de dispensadores de gel desinfetante para as mãos, em diversos pontos do parques; sinalização da distância mínima de segurança em áreas como a bilheteira e acesso ao teleférico; substituição do carimbo de reentrada por um spray; e encerramento de alguns espaços mais propícios à concentração de visitantes, como é o caso  do Bosque Encantado e da zona dos répteis. O espetáculo da Baía dos Golfinhos também não se encontra disponível, contudo, foi criado um espaço para observação destes mamíferos.

O teleférico continua disponível e, uma vez que existem poucos visitantes, é possível fazer várias viagens, sem estarmos preocupados com as filas, o que, para os mais pequenos, é uma verdadeira alegria. 

Mas não é apenas no acesso ao teleférico que é notória a diminuição do número de visitantes. Agora, é possível demorarmo-nos nos vários espaços  e observar com calma os animais. Alguns deles até parecem ter perfeita noção desta nova normalidade e, coincidência ou não, aproximam-se para nos cumprimentar. Foi o caso do tigre, que nos saudou com um belo e não menos assustador rugido, e do lince ibérico que conseguimos ver de perto pela primeira vez, em anos de visita ao zoo.

Foi um dia muito bem passado em família e cheio de novas aprendizagens. Sentimo-nos completamente seguros e recomendamos a visita a todos os que ainda têm dúvidas entre ir ou não ir.

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