Dinoparque da Lourinhã: uma aventura com milhões de anos

por Andrea Gil
0 comentário

A pensar em aproveitar melhor estes dias maravilhosos de início de outono, decidimos visitar o Dinoparque da Lourinhã, o maior museu português ao ar livre.

A aventura começou ainda antes de sairmos de casa e, sem dizermos onde íamos, aguçamos a curiosidade e a veia de exploradores, pedindo aos miúdos que levassem um bloco, para ir anotando pequenas pistas que surgissem pelo caminho. O Gonçalo desenhou imensos “mapas” e a Carolina foi anotando algumas palavras-chave. Perante a combinação entre natureza e pré-história, não foi difícil descobrir qual era o destino desta viagem.

O Dinoparque tem cerca de 10 hectares e está organizado em cinco percursos temáticos, um dedicado aos monstros marinhos e quatro correspondentes a diferentes períodos históricos – Paleozoico, Triásico, Jurrássico e Cretácico – ao longo dos quais podemos observar mais de 180 réplicas de dinossauros e outros animais pré-históricos. São cerca de 3 horas a viajar pela história, por isso, calçado e roupa confortáveis são essenciais para explorar este museu.

A visita inicia-se na exposição permanente, dedicada aos dinossauros da Lourinhã. Aqui podemos conhecer o espólio paleontológico, com cerca de 150 milhões de anos, descoberto na região:  esqueletos (originais e réplicas), pegadas, fósseis e até um ninho com cerca de 100 ovos, que é uma raridade. Segue-se o laboratório ao vivo, onde é possível observar paleontólogos a trabalhar em fósseis reais.

Ingressamos depois no parque e seguimos por um dos percursos. A visita não tem uma ordem definida, pelo que podemos começar pelo Paleozoico ou ir diretamente aos Monstros Marinhos. Os modelos são feitos à escala real e têm a capacidade de nos transportar através do tempo, quer pelo realismo das figuras, quer pela recriação do seu habitat, sem esquecer a reprodução dos seus rugidos. Muito interessante é também a torre de observação que permite uma vista de 360º sobre o parque e a perspetiva que teriam os dinossauros maiores.

 

Antes de ir embora, o parque infantil é convidativo, embora se encontrasse encerrado, por questões de segurança motivadas pelo covid-19. De volta ao pavilhão, se ainda sobrar tempo, estão disponíveis diversas atividades (umas gratuitas, outras com custo adicional) que garantem mais alguma diversão para os mais pequenos: modelagem de dinossauros, escavação e limpeza de fósseis, etc.

Neste parque, o conceito de “edutainment” foi muito bem conseguido, uma vez que foi tudo pensado ao pormenor para que as crianças desfrutem ao máximo da visita e aprendam de forma divertida. Logo à entrada, são mimadas com autocolantes, pulseiras e coroas alusivas ao parque e ainda com uma raspadinha dinoquiz que as envolve, desde o início, na descoberta e na exploração do parque, tornando-se ativos na construção do conhecimento.  No final, quem responder corretamente às 10 perguntas, pode trocar o cartão por uma lembrança. Mas isto não é tudo: ao longo dos percursos, existem pequenas estações lúdicas que convidam os mais pequenos à diversão e permitem aos adultos descansar da caminhada, aliando assim, mais uma vez, a educação ao entretenimento. 

Aprendizagem e diversão estão, de facto, garantidas nesta viagem ao tempo dos dinossauros.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Presumimos que concorda com isso, mas pode cancelar se desejar. Aceitar Ver mais