Apresento-vos a Lizzie, ou como tudo começou…

por Andrea Gil
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Quem nos conhece, sabe que sempre gostámos de todo-o-terreno, em 2 ou em 4 rodas, não interessa… bem, no meu caso, verdade seja dita, em 4 rodas, sem sombra de dúvidas… A adrenalina de contornar adversidades, de desafiar a lama ou desfiladeiros, poder optar por percursos mais adversos e menos circuláveis e, no fim, descobrir verdadeiros segredos da natureza, é algo que só compreende quem tem esta paixão e uma boa dose de espírito aventureiro.

Um dia, em conversa, não me recordo a propósito de quê, o António comentou que tinha visto um Ford Maverick à venda, com uma cor muito engraçada, e que parecia ser um bom negócio. Em jeito de brincadeira, disse-lhe para o ir ver. E ele foi… e voltou para casa num jipe com o triplo da idade dos nossos dois filhos juntos, mas muito engraçado, por ser de cor púrpura.

Foi impossível não me vir à memória a Lizzie, uma das personagens do filme Cars 2, da Disney Pixar, também ela um Ford velhinho, mas cheia de personalidade e com uma enorme paixão pela Route 66, uma das nossas viagens de sonho. Estava decidido, o nosso velho Maverick chamar-se-ia Lizzie.

E foi assim que começámos a passar os nossos fins-de-semana. Sempre que possível, lá saímos para explorar a natureza e descobrir lugares mais recônditos.

Para os miúdos, era uma festa, pois o facto de o jipe ser mais alto, permitia-os ver melhor os lugares por onde passávamos e, assim, desfrutavam mais das viagens.

Mas depois veio o Coronavírus e ficamos fechados em casa, sem podermos circular entre concelhos e com uma vontade imensa de viajar e de sair por aí à descoberta. Conhecem aquele ditado que diz que “o fruto proibido é o mais apetecido”? Pois é, neste caso, não poderíamos estar mais de acordo! Muitas vezes, dávamos por nós a sonhar acordados, através de fotografias e de relatos de viagens incríveis que encontrávamos na Internet, e fomo-nos dando conta do quão pouco conhecíamos o mundo e mesmo o nosso Portugal.

Prometemos, por isso, que quando as coisas acalmassem, íamos começar a viajar mais. E como? De forma independente, ao sabor do vento e da estrada, porque, como diz o poeta, “o sonho comanda a vida” ou, neste caso, comanda a viagem.

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